segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Empresa usa restos de construção civil para fazer materiais em Varginha


Em grande expansão, a indústria da reciclagem incentiva o total reaproveitamento de diversos tipos de materiais e a novidade em Varginha (MG) é a reutilização de entulho de construção. Uma companhia de caçambas importou essa ótima ideia do interior de São Paulo e usa restos de construção civil para dispor material para as construtoras.

Funcionando há 4 meses, a indústria cria cerca de 100 toneladas por dia. Mais barato que o material novo, a iniciativa ajuda na preservação do meio ambiente. E são realizados seis materiais diferentes: três variedades de brita, cascalho de pedra, areia grossa e areia comum. 

Todos os diversos materiais eram restos da construção e não teriam mais nenhuma utilidade, sendo assim, a empresa resolveu aproveitar devidamente a matéria prima em excesso e que chegava sem custo para ter uma oportunidade de ganhar bastante dinheiro.

“Surgiu um pessoal muito interessado, querendo descobrir um ótimo material ecologicamente correto, então a busca está sendo grande”, comentou o sócio-proprietário da usina, Douglas César Reis.

Essa é a primeira grande usina de reciclagem do gênero em Varginha e tem a enorme capacidade para processar 20 toneladas de resíduos por cada hora. Para ser possível conseguir mais entulho, a usina fez parcerias com diversas construtoras da cidade. Elas recolhem e separam o lixo e em troca ganham grandes descontos nos serviços. Tudo o que chega nas caçambas é separado antes mesmo de ir para a reciclagem e nada se perde.

“As britas 0 e 1 voltam em maneira de contra-piso nas construções, a areia na parte de alvenaria e assentamento, os cascalho para a estrada não tem qualquer tipo de contra-indicação”, disse.

Desse modo, além de ajudar muito a natureza, quem adquire o produto reciclado tem também grandes vantagens econômicas. O material criado é demasiadamente mais em conta do que o material comum. A grande expectativa de economia é de 30% em toda a obra. Por exemplo, um caminhão de areia que sai dos rios tem valor de mais ou menos R$ 350, já a areia reciclada fica por R$ 200 o caminhão. 

De acordo com o inspetor chefe do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Leão Miranda, os materiais devidamente reciclados podem ser utilizados com total segurança.

“Só recomendamos que não seja utilizado para reboco e fundação, porque são extremamente mais sensíveis. Nos dias atuais, não recomendamos, mas para outras diferentes aplicações podem ser usados sem problemas”, salientou.

A demanda por matéria prima no segmento da construção civil é enorme e reaproveitar os materiais baixa também o impacto na extração de minérios, entretanto, dar a destinação devida ao lixo ainda é um desafio, de acordo o secretário de Meio Ambiente de Varginha, Joadylson Barra Ferreira. 

“Nós ainda necessitamos a dar a destinação correta, tanto par ao lixo orgânico como para madeiras, pedras, entre muitos outros e a usina aqui vai ser uma ótima parceira. Espero que possa nos auxiliar muito a ter um meio ambiente melhor do que o que possuimos”, disse.

Fonte: G1

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